Facebook cria central para mostrar quais tipos de conteúdos têm distribuição reduzida na rede

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Página ‘Diretrizes de Distribuição de Conteúdo’ fala sobre materiais que não são removidos, mas que ficam perto de ferir as regras da plataforma. Fachada do Facebook
Richard Drew/AP Photo
O Facebook anunciou nesta quinta-feira (23) a chegada de uma central que mostra quais tipos de conteúdos têm a distribuição reduzida na rede social por serem “problemáticos ou de baixa qualidade”, mas que não ferem as regras a ponto de serem removidos.
A plataforma diz que as diretrizes que orientam sobre tais conteúdos já foram compartilhadas anteriormente, mas que reuniu os materiais em uma central para “trazer mais transparência”.
A central conta com 29 links que explicam as categorias de posts que podem aparecer menos para as pessoas na rede social. Alguns deles são:
conteúdo sensacionalista ligado à saúde e publicações comerciais de saúde;
vídeos de baixa qualidade;
desinformação com verificação de fatos;
conteúdo publicado por violadores reincidentes das políticas;
publicações de pessoas que provavelmente têm várias contas.
Ao clicar em cada link, o Facebook explica como classifica e determina cada um dos casos (em alguns casos, há ilustrações com exemplos).
A central não detalha como funciona a redução do alcance – se há diferenças para cada categoria ou como o algoritmo classifica e identifica os posts, por exemplo.
Jason Hirsch, gerente de políticas do Facebook, disse ao g1 que os modelos de inteligência artificial da plataforma possuem diferentes níveis de confiança para determinar se um post infringe as regras ou deve ter seu alcance reduzido. O nível dessa redução depende da classificação do algoritmo (veja abaixo detalhes sobre como o Facebook faz o ranking de posts).
Segundo ele, detalhar isso seria impraticável e complicaria o esforço de explicar para o público suas ferramentas.
O Facebook já foi alvo de críticas por restringir o compartilhamento de algumas publicações – durante as últimas eleições presidenciais dos Estados Unidos, a plataforma reduziu a circulação de uma reportagem do jornal “New York Post” que fazia afirmações supostamente falsas sobre o filho de Joe Biden.
Durante audiências no Senado dos EUA, parlamentares acusaram as redes sociais de “censurarem” conteúdos.
Hirsch disse que a empresa está ciente dessas críticas e que a expectativa é que as iniciativas de transparência ajudarão as pessoas a não terem a sensação de que estão sendo censuradas.
“Acreditamos que a informação vai ajudar as pessoas a entenderem e reconhecemos que é um processo e uma longa jornada, mas estamos focados”, afirmou.
Recentemente, a plataforma se envolveu em outra polêmica envolvendo a forma como modera os seus conteúdos. Uma reportagem do jornal “Wall Street Journal” apontou que o Facebook isentava usuários selecionados, como celebridades e políticos, de suas regras de moderação.
Como o algoritmo do Facebook funciona
Em uma página separada da central de transparência, o Facebook divulgou alguns detalhes sobre como ordena os conteúdos que aparecem para os seus usuários.
Inventário: a partir de um conjunto de cerca de 300 posts publicados por amigos, páginas ou grupos que um usuário segue, a companhia inicia sua análise;
Sinais: segundo a plataforma, são levados em consideração 10 mil sinais para criar uma nota para cada post. Os 3 sinais mais importantes são: quem publicou, que tipo de post é (vídeo, foto ou texto e o quão popular é aquele conteúdo);
Previsões: depois, o algoritmo usa os sinais sinais para criar uma série de previsões como. Se um post for de um dos amigos ou da família do usuário, o sistema tenta medir a probabilidade de a pessoa comentar aquele conteúdo;
Relevância: por último, o algoritmo calcula uma pontuação de relevância para cada publicação em seu inventário com base nesses sinais e previsões. A ordem é definida por essa pontuação final.
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