A escalada da crise institucional, o risco fiscal e o payroll americano

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VEJA Mercado abertura, 06 de agosto.

Os investidores vão terminar a semana de olho nas notícias de Brasília e na escalada da crise institucional. A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, de cancelar reunião entre presidentes dos Três Poderes alegando que o presidente Jair Bolsonaro não quer diálogo e segue ameaçando as eleições e atacando os ministros supremos teve impacto no pós-mercado. Os investidores até agora pouco reagiram às crises causadas pelas ameaças às eleições, mas alguns analistas consideram que o clima muda quando o presidente de um dos Poderes toma uma atitude como a de Fux ontem já no fim do dia, por isso a importância de se ficar atento ao day after. Além disso, a deterioração fiscal preocupa e, na noite de ontem, o Senado aprovou um novo Refis que pode trazer novo impacto às contas públicas. 

Das notícias vindas dos Estados Unidos, os olhares se voltam para a divulgação do payroll que traz dados de desemprego e é considerado um importante termômetro da economia que afeta as bolsas no mundo todo. As contratações aumentaram em julho, apesar dos temores sobre a variante delta da Covid-19. A folha de pagamento não agrícola aumentou em 943.000 no mês, enquanto a taxa de desemprego caiu para 5,4%, de acordo com o Departamento do Trabalho. Os números vieram melhores do que o esperado, o que pode ser uma influência positiva na bolsa. 

E nos fatos relevantes, destaque para a entrada da JBS no ramo de aquicultura e os 1,6 bilhão de reais que vai desembolsar para comprar a Huon, a segunda maior aquicultura de salmão da Austrália. A Americanas admitiu que está de olho nas Lojas Marisas, que por sua vez disse apenas que contratou um assessor financeiro para analisar suas opções para otimizar a estrutura de capital.

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