Abner Teixeira celebra medalha de bronze no boxe nas Olimpíadas de Tóquio: 'Realizei um sonho'

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Cerimônia de premiação foi realizada por volta de 1h desta sexta-feira (6), três dias após a luta com o cubano Julio La Cruz pela semifinal. Nas redes sociais, o atleta expressou a alegria de ser medalhista olímpico pela primeira vez e falou sobre a derrota. Abner Teixeira celebra medalha de bronze no boxe nas Olimpíadas de Tóquio
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O pugilista Abner Teixeira não conseguiu esconder a alegria ao receber a medalha de bronze na categoria peso pesado (até 91 quilos) do boxe nas Olimpíadas de Tóquio nesta sexta-feira (6).
A cerimônia de premiação foi realizada por volta da 1h (horário de Brasília), três dias após a luta de Abner com o cubano Julio La Cruz pela semifinal. Apesar da derrota, o brasileiro ficou com o bronze, pois no boxe não existe disputa pelo terceiro lugar. No fim, o orgulho venceu a frustração.
Em um post nas redes sociais, o atleta expressou a alegria de ser medalhista olímpico pela primeira vez e também falou sobre a derrota que o impediu de disputar o ouro.
“Foram cinco anos e um ciclo olímpico de muito autoconhecimento, dúvidas, trabalho duro, abnegação, altos e baixos. E ao final desse ciclo posso falar que realizei um sonho, que amadureceu até se tornar uma meta. Claro que gostaria de ter subido no lugar mais alto do pódio. Mas seria um tolo ao deixar o sentimento amargo da derrota cobrir a grandeza e o valor dessa trajetória”, escreveu.
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Ueslei Marcelino/Reuters
Nascido em Osasco, Abner logo se mudou para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde conheceu o projeto social “Boxe – Mãos para o Futuro”, do professor Vladimir Godoi. Foi lá que a paixão pelo esporte despertou e os dias de sedentarismo foram embora.
Desde então, Abner foi bicampeão brasileiro juvenil e de elite, tornando-se uma das referências no boxe nacional na categoria acima de 91 quilos. No Pan de Lima, no Peru, em 2019, Abner conquistou a medalha de bronze.
Abner Teixeira no início da carreira com o técnico Vladimir Godoi
Vladimir Godoi/Arquivo pessoal
O sonho do ouro olímpico não foi alcançado desta vez, mas o pugilista segue se esforçando na carreira e já tem agenda lotada para quando voltar de Tóquio.
Em entrevista logo após a luta, Abner falou sobre os treinamentos para o Campeonato Mundial Militar na Rússia e para o Campeonato Mundial de Boxe em Belgrado, na Sérvia.
“Mês que vem tenho o Campeonato Mundial Militar na Rússia. Saindo daqui, vou iniciar diretamente meus treinamentos para o campeonato. E depois desse campeonato, em outubro, eu tenho o Campeonato Mundial de Boxe, em Belgrado, que é minha outra meta, ser campeão mundial de boxe. Vamos atrás dessa outra meta. Paris vai ser melhor, tenho certeza.”
Abner Teixeira com a mãe, Izaudite
Arquivo Pessoal
O atleta levou a quinta medalha de bronze do boxe brasileiro na história dos Jogos Olímpicos: além dele, Servílio de Oliveira (Cidade do México 1968) e Adriana Araújo, Yamaguchi Falcão e Esquiva Falcão (Londres 2012) conquistaram a medalha.
A seleção brasileira tem ainda mais duas medalhas garantidas em Tóquio, com Hebert Conceição e Bia Ferreira, já classificados às semifinais em suas categorias.
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