Ações da CVC despencam 25% mesmo com flexibilização do turismo. Tem volta?

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Se o avanço da vacinação contra o coronavírus permite a retomada das viagens no país, por que os papéis da maior operadora de turismo no Brasil estão em queda? Em duas semanas e meia, o papel despencou quase 25%. A resposta é técnica e em nada tem a ver com pandemia. Em 21 de junho, a CVC comunicou aos investidores uma emissão de ações. Na prática, a empresa emite novas ações ao mercado com desconto em relação ao preço real para levantar mais dinheiro. O objetivo da companhia era obter 480 milhões de reais na operação. Àquele dia, a ação da CVC era vendida a 27,12 reais na bolsa, e a emissão foi precificada a 19,12 reais. Os investidores com posição na companhia tinham até o dia 26 de julho para participar da operação.

Segundo os analistas, a tendência é que o preço real da ação fique próximo ao da emissão após esse prazo, o que justifica as consecutivas quedas nos últimos pregões. “Durante uma ou duas semanas após o fim de qualquer emissão, há uma pressão natural de venda nos papéis. O investidor que participou da emissão a 19 reais pode querer obter lucro imediato da operação”, afirma Rodrigo Barreto, analista da Necton Investimentos. “Após esse período, o preço tende a se normalizar. No caso específico da CVC, vejo o papel como uma oportunidade justamente em função da retomada do turismo”, conclui. Às 15h17 desta sexta-feira, 6, a companhia operava em leve queda de 0,09%, a 20,45 reais por ação.

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