Bolsonaro se assusta, mas não vai mudar por causa das pesquisas

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Jair Bolsonaro recebeu no Planalto recentemente uma leva de pesquisas que mostram seu derretimento eleitoral até em currais bolsonaristas, como o Rio Grande do Sul.

Ele ainda tem maioria cativa no Mato Grosso e em Santa Catarina, mas ficou assustado. Bolsonaro sabe que o avanço de Lula nas pesquisas está diretamente ligado à insatisfação geral da sociedade com as crises que ele insiste em fabricar no Planalto.

Não é possível que, com a gasolina a 7 reais o litro, o gás de cozinha a 120 reais, a inflação castigando o povo no mercado e um apagão a caminho, o discurso diário do presidente seja de briga com STF e com o Congresso por causa de urna eletrônica ou que a pauta seja impeachment de integrantes do Supremo ou de golpe militar.

A ala moderada do governo, cansada disso tudo, vê todos os dias um festival de oportunidades perdidas por Bolsonaro. Nesse giro pelo Nordeste, Lula deu todas as chances de o presidente lembrar ao país quem é o petista. Lula, numa tacada, negou a corrupção na Petrobras, defendeu os empreiteiros corruptos, atacou a Lava-Jato e ainda avisou que irá tentar acabar com a imprensa livre, além de “regular” a internet no país.

No lugar de Bolsonaro, qualquer político usaria esse “presente” dado pelo petista para tentar reconquistar apoiadores. Mas não. “O ‘PR’ não vira o disco porque acredita nessa crença de que a minoria radical que gosta desse discurso o levará ao segundo turno”, diz um ministro do governo.

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