'Meu nome é Madalena': trajetória de ex-vereadora assassinada em Piracicaba inspira documentário

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Produção independente conta com vídeo de depoimentos de Madalena, que se tornou a primeira transgênero eleita parlamentar na história da cidade. Documentário tem produção independente em homenagem a ex-vereadora de Piracicaba
Gabriel Albertini
Em homenagem à ex-vereadora de Piracicaba (SP) Madalena Leite, assassinada em abril deste ano de 2021, está em andamento a produção de um documentário independente, nomeado como “Meu nome é Madalena”, um projeto coletivo que vai contar a história de primeira mulher transgênero a ser eleita vereadora na cidade.
Mulher trans, negra e pobre, Madalena foi vítima de inúmeros ataques preconceituosos e ameaças desde sua posse em 2012, até o seu assassinato brutal em abril de 2021.
A pré-produção do documentário dirigido e roteirizado por Thiago Barros, foi realizada entre maio e julho deste ano de 2021, e coletou fotografias e registros em vídeo de depoimentos de Madalena, que serão usados como elemento narrativo principal do filme.
Produção conta com três personagens que representam a variedade que Madalena passava
Gabriel Albertini
Na etapa de produção, foram captadas cenas de três “Personagens Madalena”, representando, através de figurinos e locações diferentes, toda a variedade que tinha a ex-vereadora. Entrevistas com familiares e amigos também estão sendo realizadas para complementar a obra.
Os produtores do documentário informaram que a próxima etapa tem previsão de início no mês de novembro e englobará a composição e gravação de trilha sonora original e de produção dos recursos de acessibilidade para pessoas com deficiência. A estreia ainda não foi definida.
Equipe de produção
Equipe de produção do documentário ‘Meu nome é Madalena’ é composto, propositalmente, por pessoas de diferentes representatividades
Gabriel Albertini
A escolha da equipe de profissionais envolvidos na produção, levou em consideração a representatividade e diversidade de pessoas.
O projeto também incluiu ações dos coletivos Caravana e Furta Cor, de mulheres grafiteiras e do Coletivo Transitando, de pessoas trans de Piracicaba e região. Trabalhadores independentes da região também foram chamados para trabalhar no projeto.
Equipe responsável pelo mural em homenagem a ex-vereadora de Piracicaba, Madalena Leite
Reprodução/Instagram
Para cobrir os custos de produção e garantir os cachês da equipe, uma campanha de financiamento coletivo foi lançada no dia 8 de setembro.
As pessoas podem contribuir com diversas quantias, escolhendo entre as várias opções de recompensas como broches, camisetas, tatuagens e até lenços, acessório que Madalena usava amarrado na cabeça e que que se tornou seu símbolo.
Bastidores da produção também podem ser acompanhados pela página oficial no Instagram.
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