Como Roberto Jefferson justificou à PF o sumiço do seu celular

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Ao prender o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson, há duas semanas, a Polícia Federal não conseguiu apreender seu celular, como havia mandado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator das investigações contra Jefferson na Corte.

Ao chegar à casa de Roberto Jefferson, na cidade de Comendador Levy Gasparian (RJ), no último dia 13, o delegado federal Rafael da Rocha Morégula informou ao aliado do presidente Jair Bolsonaro o motivo da visita da PF e pediu a ele que entregasse seu aparelho. O ex-deputado, no entanto, alegou ter entregue o telefone a um “transeunte”, nas palavras de Morégula, para que ele fosse jogado no Rio Paraibuna, que passa pela cidade fluminense.

A explicação de Roberto Jefferson ao delegado, segundo relatório apresentado a Moraes (veja abaixo), foi a de que em outras ações da PF seus celulares haviam sido apreendidos e nunca mais restituídos. Segundo o delegado, não foi localizado na casa de Jefferson nenhum objeto de interesse à investigação. Antes de a PF chegar à casa em Comendador Levy Gasparian, os investigadores haviam ido a uma residência em Petrópolis, a 87 quilômetros dali, onde foram recebidos pela ex-mulher do político.

Relatório da Polícia Federal sobre momento da prisão de Roberto Jefferson

Rafael Morégula informou ao ministro que durante o período em que os agentes cumpriram os mandados de prisão e de busca na casa do mensaleiro, o trabalho foi acompanhado por familiares, assessores e empregados do imóvel. O delegado suspeita que foi por meio do celular de algum deles que Jefferson fez uma publicação no Twitter durante a operação. “No entanto, é digno de nota que em nenhum momento Roberto Jefferson foi visto portando ou utilizando celular pessoal”. Sem o celular, a equipe voltou ao Rio de Janeiro levando apenas o ex-deputado.

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