Paralimpíada: Órgão internacional de atletismo justifica retirada do ouro de Thiago Paulino

schimtz
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Os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram marcados por uma polêmica no atletismo, envolvendo o brasileiro Thiago Paulino. Para quem não acompanhou, Thiago tinha conquistado o ouro no arremesso de peso, categoria F57 (cadeirante), com um lançamento de 15.10 metros. Mas após a prova, o Comitê Paralímpico da China entrou com recurso pedindo a suspensão de dois arremessos do brasileiro. O pedido foi analisado por Oficiais Técnicos Internacionais e um membro do Comitê Técnico do Esporte Mundial Para Atletismo que constataram, segundo a World Para Athletics, que Thiago se moveu da categoria. A decisão foi embasada na regra 36.3 do Regulamento do Para-Atletismo Mundial, que afirma o seguinte: “Será uma falha se um atleta se mover da posição sentada desde o momento em que o atleta leva o implemento para a posição inicial da tentativa até que o implemento tenha pousado”.

A WPA ainda confirmou em comunicado emitido nesta quinta-feira, 9, que o Júri de Apelação assistiu à um vídeo que mostra o atleta de frente e constatou o movimento. Porém, o Comitê Paralímpico Brasileiro solicitou por meio de suas redes sociais que seja exibido o vídeo analisado que, segundo eles, o Brasil não teve acesso desde o dia da competição. A World Para Athletics diz ter seguido os protocolos normais nesse caso. “O Paraatletismo Mundial aprecia as emoções envolvidas em decisões de campo de jogo como esta, especialmente aquelas nos Jogos Paraolímpicos em que as medalhas estão em jogo. Os procedimentos de protesto e apelação seguidos neste caso são os mesmos que se aplicam em todos os casos e se aplicam igualmente a todos os atletas e equipes”.

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