{"id":5086,"date":"2021-08-21T08:00:52","date_gmt":"2021-08-21T11:00:52","guid":{"rendered":"https:\/\/redesociais.com.br\/?p=5086"},"modified":"2021-08-21T08:32:49","modified_gmt":"2021-08-21T11:32:49","slug":"eleicao-de-aliados-no-senado-e-prioridade-para-bolsonaro-em-2022","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/redesociais.com.br\/twitter\/eleicao-de-aliados-no-senado-e-prioridade-para-bolsonaro-em-2022","title":{"rendered":"Elei\u00e7\u00e3o de aliados no Senado \u00e9 prioridade para Bolsonaro em 2022"},"content":{"rendered":"

Diferentemente da C\u00e2mara dos Deputados, onde o governo possui maioria, o Senado tem se mostrado um terreno pantanoso ao Pal\u00e1cio do Planalto e \u00e9 de l\u00e1 que o presidente vem colhendo sucessivos reveses. Ali, as pautas caras ao bolsonarismo n\u00e3o avan\u00e7am. Sem falar na CPI da Pandemia, dominada pela oposi\u00e7\u00e3o. Nos \u00faltimos dias, mais um desgaste com a Casa, que \u00e9 respons\u00e1vel por julgar ministros do STF: depois de Bolsonaro anunciar a inten\u00e7\u00e3o de pedir o impeachment de Alexandre de Moraes e Lu\u00eds Roberto Barroso, seus desafetos no Supremo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), jogou um balde de \u00e1gua fria na ideia, dizendo que n\u00e3o a levaria adiante.<\/p>\n

A tentativa de reverter esse ambiente hostil foi um dos fatores decisivos na escolha de Ciro Nogueira para assumir a Casa Civil. Dentro do pacote da campanha da reelei\u00e7\u00e3o, o senador do PP do Piau\u00ed deve assumir tamb\u00e9m o papel de escolher as principais apostas do bolsonarismo para a Casa em 2022. Assim, em uma eventual recondu\u00e7\u00e3o do capit\u00e3o ao Pal\u00e1cio do Planalto, ele finalmente teria maior controle sobre o Senado. O pleito ser\u00e1 duro, com a renova\u00e7\u00e3o de apenas um ter\u00e7o das 81 cadeiras. \u201cCiro ser\u00e1 o grande articulador da campanha\u201d, diz um interlocutor do presidente. O ponto principal dessa articula\u00e7\u00e3o inclui o apoio a nomes vi\u00e1veis e capazes de se alinhar com o Centr\u00e3o, sua base no Congresso. O pr\u00f3prio presidente cogita se candidatar \u00e0 reelei\u00e7\u00e3o pelo PP do ministro da Casa Civil.<\/p>\n

NO PARAN\u00c1 – Eust\u00e1quio: nome que empolga os bolsonaristas radicais –Wellington Macedo\/TheNews2\/Folhapress\/.<\/span><\/figcaption><\/figure>\n

Seguindo o crit\u00e9rio que leva em conta a possibilidade de vit\u00f3ria, alguns nomes do primeiro escal\u00e3o do governo despontam no horizonte como os favoritos de Bolsonaro. O ministro do Turismo, Gilson Machado (sem partido), \u00e9 um deles. O sanfoneiro da Esplanada pode se lan\u00e7ar por Pernambuco, seu estado natal, ou por outro menos concorrido, como o Tocantins. Ele evita falar em candidatura, mas diz que \u00e9 um \u201chomem de miss\u00e3o\u201d (ou seja, cumprir\u00e1 a tarefa que lhe for dada). Tamb\u00e9m s\u00e3o pr\u00e9-candidatos os ministros Rog\u00e9rio Marinho, do Desenvolvimento Regional, e F\u00e1bio Faria (PSD), das Comunica\u00e7\u00f5es. Ambos s\u00e3o do Rio Grande do Norte, o que pode provocar uma disputa dom\u00e9stica. Marinho tem feito viagens para inaugurar obras no estado. Faria, por sua vez, mostrando-se empolgado com a ideia de concorrer, publicou no Twitter, na quarta 18, uma pesquisa que o coloca no topo das inten\u00e7\u00f5es de voto para o Senado potiguar.<\/p>\n

NO DISTRITO FEDERAL\u2002- Bia Kicis, a radical: \u201cNada est\u00e1 fora de cogita\u00e7\u00e3o\u201d –Wagner Pires\/Futura Press<\/span><\/figcaption><\/figure>\n

A exemplo do Rio Grande do Norte, em Santa Catarina h\u00e1 mais de uma op\u00e7\u00e3o. O presidente pode apoiar a candidatura de seu atual secret\u00e1rio da Pesca, Jorge Seif Jr., ou do deputado federal Daniel Freitas (PSL), que ganhou notoriedade como relator da PEC Emergencial. Ou, ainda, apostar no empres\u00e1rio Luciano Hang. Por Mato Grosso, Bolsonaro j\u00e1 declarou que tem seu candidato, o deputado Jos\u00e9 Medeiros (Podemos). \u201cMeu estado \u00e9 muito bolsonarista, todos querem o apoio do presidente\u201d, diz. J\u00e1 em S\u00e3o Paulo, a defini\u00e7\u00e3o do nome governista est\u00e1 em compasso de espera, mas a tend\u00eancia \u00e9 de apoio ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), caso ele decida se candidatar ao Senado.<\/p>\n

Independentemente dos acertos firmados em Bras\u00edlia, a milit\u00e2ncia bolsonarista tem se entusiasmado nas redes com outros pr\u00e9-candidatos. No Paran\u00e1, pretende concorrer pelo PTB o jornalista Oswaldo Eust\u00e1quio, que chegou a ser preso preventivamente no curso do inqu\u00e9rito do STF sobre atos antidemocr\u00e1ticos, mas acabou liberado da pris\u00e3o e das medidas restritivas um ano depois. No Distrito Federal, a deputada Bia Kicis (PSL), presidente da CCJ da C\u00e2mara, tem sido tamb\u00e9m incentivada a buscar o Senado. \u201cNada est\u00e1 fora de cogita\u00e7\u00e3o, mas nada est\u00e1 definido. Tudo depende das conversas com os aliados\u201d, diz a parlamentar, que \u00e9 uma das aliadas mais radicais do governo. Falta ainda combinar com o eleitorado, \u00e9 claro. At\u00e9 agora, Bolsonaro n\u00e3o conseguiu se mostrar um cabo eleitoral eficiente. Se o apoio do presidente n\u00e3o ajudou a eleger muita gente no pleito de 2020, quando ele estava com a popularidade em alta, o desafio ser\u00e1 ainda maior caso a atual fase de baixa de imagem n\u00e3o seja revertida at\u00e9 2022.<\/p>\n

Publicado em VEJA de 25 de agosto de 2021, edi\u00e7\u00e3o n\u00ba 2752<\/a><\/b><\/p>\n

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