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Anderson Silva tamb\u00e9m \u00e9 mantido preso por homic\u00eddio em 2019. Policial penal foi preso em agosto, durante opera\u00e7\u00e3o da Draco
\nPol\u00edcia Civil\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nO desembargador Gilberto Pinheiro negou na ter\u00e7a-feira (21) o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do policial penal Anderson Luiz Dias da Silva, de 41 anos, preso em agosto durante a opera\u00e7\u00e3o “Calabar”, da Pol\u00edcia Civil do Amap\u00e1. Ele \u00e9 acusado de entrar com drogas e celulares no pres\u00eddio e integrar uma fac\u00e7\u00e3o.
\nAnderson segue preso tamb\u00e9m por for\u00e7a de um mandado de pris\u00e3o preventiva decretado pela Vara do Tribunal do J\u00fari de Macap\u00e1 na sexta-feira (17). Ele \u00e9 r\u00e9u numa a\u00e7\u00e3o penal por homic\u00eddio de um jovem ocorrido em 2018 ap\u00f3s uma discuss\u00e3o no tr\u00e2nsito.
\nO mandado de pris\u00e3o alvo da opera\u00e7\u00e3o da Divis\u00e3o de Repress\u00e3o \u00e0s A\u00e7\u00f5es Criminosas Organizadas (Draco) em agosto era inicialmente tempor\u00e1rio, no entanto, essa deten\u00e7\u00e3o foi convertida em preventiva.
\nAgente penitenci\u00e1rio \u00e9 r\u00e9u por matar Marcelo Brito da Silva, em 2018, em Macap\u00e1 (foto de 2018)
\nPol\u00edcia Civil\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nO advogado Elias Reis alegou, no pedido feito em 8 de setembro, ser ilegal e abusiva a convers\u00e3o de pris\u00e3o tempor\u00e1ria em preventiva. A defesa sustentou inexist\u00eancia de provas dos crimes e que manuten\u00e7\u00e3o do c\u00e1rcere seria como “antecipa\u00e7\u00e3o de pena”.
\nPara garantir a deten\u00e7\u00e3o, a pol\u00edcia elencou que uma das provas \u00e9 uma grava\u00e7\u00e3o de c\u00e2meras de seguran\u00e7a que flagraram o policial penal entrando num banheiro usado por detentos segurando um material, e ao sair j\u00e1 aparece sem o material. A investiga\u00e7\u00e3o indica que o material seria as drogas e os celulares. Reis informou ao magistrado que n\u00e3o teve acesso \u00e0s imagens.
\nServidor p\u00fablico foi preso em agosto na Central de Monitoramento Eletr\u00f4nico (CME) do Iapen, em Macap\u00e1
\nPol\u00edcia Civil\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nPor fim, o advogado pediu expedi\u00e7\u00e3o de alvar\u00e1 de soltura ou pris\u00e3o domiciliar com medidas cautelares. O desembargador decidiu por manter o policial penal preso.
\n“Conclui-se, pois, que, malgrado os argumentos de ser a pris\u00e3o preventiva desnecess\u00e1ria e somente poss\u00edvel em casos extremos, nossa Constitui\u00e7\u00e3o n\u00e3o a veda e a legisla\u00e7\u00e3o processual penal expressamente permite quando amea\u00e7ada a ordem p\u00fablica e\/ou econ\u00f4mica, conveni\u00eancia da instru\u00e7\u00e3o criminal e aplica\u00e7\u00e3o da lei penal. Posto isto, indefiro a liminar”, escreveu.
\n‘Calabar’
\nPolicial penal foi preso em agosto por atuar em esquema para entrada de drogas e armas no Iapen
\nO mandado de pris\u00e3o tempor\u00e1ria de 30 dias foi cumprido contra o servidor p\u00fablico em 3 de agosto, na Central de Monitoramento Eletr\u00f4nico (CME) do Iapen, em Macap\u00e1. A investiga\u00e7\u00e3o tem ind\u00edcios de que o policial penal integra uma organiza\u00e7\u00e3o criminosa e beneficia detentos.
\nA investiga\u00e7\u00e3o aponta que Anderson teria recebido entre R$ 15 mil e R$ 20 mil a cada remessa de drogas e celulares levada por ele para o Instituto de Administra\u00e7\u00e3o Penitenci\u00e1ria (Iapen).
\nAl\u00e9m de Anderson, a opera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m cumpriu outro mandado de pris\u00e3o contra um interno do Iapen e 2 mandados de busca e apreens\u00e3o contra os investigados.
\nAp\u00f3s ser preso, Anderson preferiu permanecer em sil\u00eancio no depoimento. No entanto, o detento preso na a\u00e7\u00e3o afirmou que o agente participava do esquema h\u00e1 cerca de um ano.
\nO policial penal segue recluso no Centro de Cust\u00f3dia do Zer\u00e3o. Para a Draco, n\u00e3o h\u00e1 d\u00favidas da participa\u00e7\u00e3o do servidor.
\n“Era uma atividade il\u00edcita que vinha se desenvolvendo h\u00e1 um certo tempo. Esse policial penal \u00e9 amigo \u00edntimo de um l\u00edder de fac\u00e7\u00e3o do estado, que inclusive foi transferido para um pres\u00eddio federal. […] As provas s\u00e3o claras e n\u00e3o restam d\u00favidas de que, de fato, foi ele, e que contou com ajuda desse preso”, pontuou o delegado Est\u00e9fano Santos, em agosto.
\nHomic\u00eddio
\nMarcelo Brito da Silva foi morto em 2018
\nReprodu\u00e7\u00e3o Facebook
\nMarcelo Brito da Silva, de 25 anos, foi atingido por tr\u00eas tiros no “Lugar Bonito”, pra\u00e7a na orla de Macap\u00e1, na madrugada de v\u00e9spera do Natal de 2018. O homic\u00eddio teria sido o resultado de uma discuss\u00e3o que iniciou no tr\u00e2nsito momentos antes. Ele morreu no hospital onde foi atendido.
\nO agente penitenci\u00e1rio foi reconhecido por amigos da v\u00edtima. Anderson n\u00e3o foi preso em flagrante, mas teria assumido para a Pol\u00edcia Civil a autoria do crime no dia seguinte ao homic\u00eddio. Ele foi preso pelo homic\u00eddio na semana do crime.
\nDe acordo com a pol\u00edcia, ele declarou em depoimento que n\u00e3o tinha a inten\u00e7\u00e3o de matar e que os disparos foram feitos “para assustar a v\u00edtima”. A arma utilizada no crime foi entregue para a per\u00edcia durante as investiga\u00e7\u00f5es. Ele tinha a documenta\u00e7\u00e3o regular e o porte do rev\u00f3lver.
\nVeja o plant\u00e3o de \u00faltimas not\u00edcias do G1 Amap\u00e1
\nASSISTA abaixo o que foi destaque no AP: <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"