Reserva de emergência para advogados: saiba como, e o porquê você deveria montar uma

Luiggi Schimtz
Luiggi Schimtz Notícias
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Daniel Loyola

Manter uma vida financeira saudável é um dos maiores desafios da advocacia, especialmente para profissionais autônomos. Segundo o especialista Daniel Loyola, muitos advogados acabam negligenciando a importância de um planejamento financeiro adequado, o que os deixa vulneráveis em momentos de instabilidade. 

Neste cenário, contar com uma reserva de emergência se torna uma estratégia fundamental para garantir segurança e estabilidade, independentemente das oscilações do mercado jurídico. Pensando nisso, ao longo deste artigo, você vai entender como montar uma reserva de emergência para advogados, por que ela é indispensável e quais os passos práticos para aplicá-la na sua rotina.

Por que a reserva de emergência é indispensável para advogados?

O mercado jurídico, apesar de ser amplo, é também extremamente competitivo e instável. De acordo com Daniel de Brito Loyola, entender como proteger suas finanças é tão importante quanto dominar o Direito. Pois, processos podem atrasar, clientes podem desistir e, muitas vezes, os recebimentos são imprevisíveis, especialmente para quem atua como autônomo ou possui escritório próprio.

Dessa forma, ter uma reserva de emergência garante que o advogado consiga atravessar períodos sem entrada de recursos, sem comprometer seu padrão de vida e, principalmente, sem precisar recorrer a empréstimos com juros altos. Além disso, essa segurança permite que o profissional tome decisões mais estratégicas, como recusar causas que não sejam vantajosas ou investir em capacitações, sem a pressão de necessidades financeiras imediatas.

Inclusive, outro ponto relevante é que a reserva não serve apenas para períodos de escassez, mas também para lidar com imprevistos, como manutenções no escritório, problemas de saúde ou até quedas na demanda por serviços jurídicos em determinados períodos do ano.

Qual é o valor ideal da reserva de emergência para advogados?

Conforme destaca o entendedor Daniel Brito Loyola, o valor ideal da reserva de emergência varia de acordo com o perfil e os custos mensais de cada profissional. A regra geral do mercado financeiro é acumular de 6 a 12 vezes o valor das suas despesas fixas mensais. No entanto, no caso dos advogados, é prudente considerar o teto desse intervalo, já que a renda muitas vezes não é constante. Pois, quanto mais volátil for a sua fonte de renda, maior deve ser a reserva. Portanto, quem depende exclusivamente de honorários deve priorizar a formação desse fundo de segurança o quanto antes.

Onde investir a reserva de emergência?

De acordo com o conhecedor Daniel de Brito Loyola, a reserva de emergência deve estar sempre aplicada em investimentos de alta liquidez e baixo risco. Isso significa que o dinheiro precisa estar disponível para saque imediato, sem perda de valor, e protegido de grandes oscilações do mercado.

Daniel Loyola
Daniel Loyola

Opções como Tesouro Selic, CDBs de liquidez diária e contas remuneradas de bancos digitais são consideradas ideais para esse objetivo. Aliás, diferente de outros investimentos que podem oferecer maior rentabilidade, a reserva não tem a função de gerar lucro, mas sim de proteger o patrimônio e garantir acesso rápido ao dinheiro em momentos de necessidade.

Como começar a montar sua reserva de emergência?

O primeiro passo é mapear todos os seus custos mensais, tanto pessoais quanto profissionais. Dessa maneira, é preciso que o advogado registre despesas fixas, como aluguel do escritório, salários de funcionários, softwares jurídicos, além dos gastos da vida pessoal, como moradia, alimentação, saúde e educação.

Após definir o total dessas despesas, é hora de estabelecer uma meta mensal de economia. Mesmo que o valor disponível para poupança seja pequeno no início, o importante é criar o hábito de separar uma parte da renda assim que ela entra na conta. Dessa forma, o acúmulo da reserva ocorre de forma constante e disciplinada.

Outra prática valiosa, segundo Daniel de Brito Loyola, é automatizar os aportes. Isso significa programar transferências automáticas para a conta ou investimento destinado à reserva de emergência, logo após o recebimento dos honorários. Já que essa prática reduz o risco de esquecer ou priorizar outros gastos antes de formar a proteção financeira.

Segurança financeira é sinônimo de liberdade profissional

Em resumo, ter uma reserva de emergência é, sem dúvidas, um dos pilares da segurança financeira para qualquer advogado. Pois, mais do que proteger contra imprevistos, esse fundo proporciona liberdade para tomar decisões com mais assertividade, sem o peso da instabilidade financeira. Assim sendo, quem investe na própria organização financeira está, na verdade, investindo na sua carreira e no seu bem-estar. Portanto, se você ainda não começou a construir sua reserva de emergência, este é o momento ideal para dar o primeiro passo.

Autor: Luiggi Schimtz

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