Segundo o empresário Aldo Vendramin a segurança hídrica é uma condição indispensável para garantir a estabilidade do agronegócio brasileiro. A produção de alimentos, fibras e energia depende diretamente da disponibilidade de água em quantidade e qualidade adequadas. Em um contexto de mudanças climáticas e eventos extremos cada vez mais frequentes, assegurar o abastecimento hídrico é fundamental para proteger a produtividade e a sustentabilidade do setor.
Segurança hídrica como base da produtividade rural
Na avaliação de Aldo Vendramin, sem segurança hídrica, o planejamento das safras se torna instável, os custos de produção aumentam e os riscos de perdas crescem consideravelmente. O acesso regular à água impacta diretamente o desempenho das culturas, a sanidade dos rebanhos e a eficiência das agroindústrias. Por isso, propriedades que investem em gestão hídrica inteligente estão mais preparadas para enfrentar os desafios climáticos e se manter competitivas.
Sistemas de irrigação de precisão, captação e armazenamento de água da chuva, e práticas conservacionistas de solo são alguns dos recursos adotados para garantir produtividade mesmo em períodos de estiagem prolongada. Esses sistemas permitem que a água seja distribuída de forma eficiente, diretamente na raiz das plantas, evitando desperdícios e reduzindo significativamente o consumo hídrico.

A captação da água da chuva, por sua vez, proporciona autonomia hídrica às propriedades, diminuindo a dependência de fontes externas durante os períodos mais críticos. Já as práticas conservacionistas, como o terraceamento, o plantio em nível, a rotação de culturas e o uso de cobertura vegetal permanente, ajudam a manter a umidade no solo, prevenir a erosão e promover a infiltração da água. A combinação dessas soluções torna a produção rural mais resiliente às mudanças climáticas e assegura a continuidade das atividades mesmo diante de chuvas irregulares ou longos períodos de seca.
Impactos da escassez de água no agronegócio
Conforme aponta o senhor Aldo Vendramin, a escassez hídrica prejudica não apenas a produção rural, mas também a logística, a indústria alimentícia e o abastecimento urbano. Regiões que enfrentam déficit hídrico veem suas economias enfraquecidas, com aumento no preço dos alimentos e retração de investimentos. A instabilidade hídrica reduz a atratividade do campo e afeta diretamente a segurança alimentar da população.
Além disso, a competição por água entre diferentes setores — como energia, saneamento e indústria — tende a se intensificar, tornando ainda mais urgente a adoção de estratégias integradas de gestão dos recursos naturais.
Tecnologias e práticas sustentáveis como soluções para o campo
De acordo com Aldo Vendramin, a adoção de tecnologias voltadas à eficiência hídrica é o caminho mais viável e imediato para superar os riscos climáticos. Ferramentas como sensores de umidade do solo, automação da irrigação e softwares de monitoramento climático permitem uma gestão mais inteligente do uso da água nas lavouras.
Aliadas a essas inovações, práticas como o plantio direto, a cobertura vegetal permanente, a recuperação de nascentes e a proteção das matas ciliares contribuem para a recarga dos aquíferos e a conservação do ciclo hidrológico no longo prazo.
Políticas públicas e governança para segurança hídrica
Para que a segurança hídrica se consolide como política de Estado, é essencial integrar os produtores rurais, técnicos e órgãos públicos em uma governança hídrica eficaz. Segundo o empresário Aldo Vendramin, a participação ativa em comitês de bacias hidrográficas, o acesso a crédito para projetos de irrigação sustentável e o apoio técnico contínuo são medidas fundamentais para consolidar avanços consistentes.
Além disso, é necessário ampliar os investimentos em infraestrutura hídrica — como barragens, sistemas de reuso e redes de distribuição — e fomentar programas de capacitação para o uso racional da água no meio rural.
Estabilidade hídrica como chave para o futuro do agro
A segurança hídrica é um tema central para o futuro do agronegócio. Frisa Aldo Vendramin que, sem água, não há produção, não há alimento e não há desenvolvimento. O Brasil, com sua vasta rede hidrográfica, tem o potencial de ser uma referência mundial em gestão hídrica sustentável. Para isso, é preciso transformar esse potencial em estratégia, com políticas bem definidas, tecnologias acessíveis e compromisso coletivo.
Investir na segurança hídrica hoje é garantir que o agro siga forte, inovador e capaz de alimentar o mundo com responsabilidade ambiental e equilíbrio social.
Autor: Luiggi Schimtz