Se você é ligado nas notícias do dia a dia, com certeza já deve ter ouvido falar sobre o incêndio da Boate Kiss, não é? Para o advogado Bruno Burilli Santos, até hoje, todos os acusados e responsáveis por essa tragédia não foram devidamente punidos por justiça às vítimas. Assim, você pode conferir tudo sobre esse acontecimento aqui neste artigo e entender melhor sobre as penalidades.
Sobre o ocorrido dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria, Rio Grande do Sul
O incêndio de 2013 em Santa Maria foi uma das maiores tragédias que o Brasil já viu, fazendo milhares de jovens serem vítimas desse ocorrido. No dia 27 de janeiro de 2013, a boate Kiss, no Rio Grande do Sul, deu início às suas atividades naquele dia, com diversas irregularidades presentes nos equipamentos de segurança e na estrutura do estabelecimento.
Segundo o advogado Bruno Burilli Santos, a boate funcionava ilegalmente, sendo esse um dos motivos pelos quais o estabelecimento não conseguiu dar acessibilidade para as vítimas na hora do incêndio. O ocorrido aconteceu indevido ao uso de fogos de artifícios durante o show de uma banda no local, causando fogo na espuma de isolamento acústico e se alastrando rapidamente, sem falar na fumaça altamente tóxica e preta que afetava a respiração e visão de quem estava presente.
Logo quando o fogo começou e a fumaça já estava em todo lugar, muitas pessoas conseguiram sair pela entrada do lugar, sendo esta a única forma de saída. Já muitas pessoas entraram nos banheiros, porém não havia saída, sendo lá a grande concentração de corpos. Das 242 vítimas, cerca de 180 foram encontradas no local.
Bruno Burilli Santos explica que a maioria das vítimas eram estudantes da universidade federal de Santa Maria. As pessoas que conseguiram se salvar também ficaram gravemente feridas, ou então tiveram algumas sequelas devido a fumaça tóxica, sendo necessários diversos tipos de tratamentos, sem contar aqueles que precisaram de internação e cuidados específicos para as graves queimaduras.
As penalidades
Hoje, cerca de 10 anos depois do ocorrido, nenhuma pessoa foi de fato penalizada da forma correta, mesmo depois de tantas irregularidades no local e irresponsabilidade com o uso dos artifícios em um lugar fechado. Nenhuma penalidade foi aplicada, tendo o caso em andamento até os dias de hoje, deixando muitos pais e familiares de mãos atadas por querer justiça por seus jovens.
Os dias atuais
De acordo com Bruno Burilli Santos, as famílias continuam sem resposta da justiça. Quatro pessoas foram responsabilizadas e condenadas, mas o tribunal de justiça do Rio Grande do Sul recorreu da decisão em 2022, estando hoje todos os responsáveis soltos por essa grande tragédia e com ótimos advogados.
