De acordo com o empresário Leonardo Siade Manzan, o Direito da Energia é um ramo jurídico especializado que regula as atividades relacionadas à produção, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. No Brasil, esse campo é fundamental para assegurar o fornecimento adequado e sustentável de energia à população, além de garantir a competitividade e a inovação no setor energético.
Com a crescente demanda por fontes renováveis e a necessidade de modernização das infraestruturas, o Direito da Energia se torna cada vez mais relevante para o desenvolvimento econômico e social do país. Saiba mais, a seguir!
Quais são os principais agentes do setor elétrico?
O setor elétrico brasileiro é composto por diversos agentes, cada um com responsabilidades específicas:
- Geradores: responsáveis pela produção de energia elétrica, seja por meio de hidrelétricas, termelétricas, parques eólicos ou solares.
- Transmissores: encargados de transportar a energia gerada até os centros de consumo, operando linhas de transmissão de alta tensão.
- Distribuidores: responsáveis por levar a energia elétrica até os consumidores finais, operando na última etapa do processo.
- Consumidores: dividem-se em consumidores livres, que podem escolher seus fornecedores, e consumidores cativos, atendidos pelas concessionárias locais.
Segundo Leonardo Siade Manzan, cada um desses agentes deve cumprir normas específicas estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que regula e fiscaliza o setor.
Como a ANEEL atua na regulação do setor elétrico?
A ANEEL é uma autarquia vinculada ao Ministério de Minas e Energia, criada pela Lei n.º 9.427/1996. Sua principal função é regular e fiscalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica no Brasil. A agência estabelece normas técnicas e econômicas, define tarifas, supervisiona a qualidade dos serviços prestados e atua na mediação de conflitos entre os diversos agentes do setor.

Leonardo Siade Manzan explica que o setor elétrico brasileiro enfrenta diversos desafios regulatórios, entre os quais se destacam:
- Mudanças tecnológicas: a incorporação de novas tecnologias, como smart grids e medidores inteligentes, exige atualização constante das normas e regulamentos.
- Integração de fontes renováveis: a crescente participação de fontes intermitentes, como solar e eólica, demanda ajustes na infraestrutura e na regulação para garantir a estabilidade do sistema.
- Tarifas e encargos: a definição de tarifas justas e a gestão de encargos setoriais, como a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), são questões complexas que envolvem equilíbrio entre os interesses dos consumidores e dos agentes do setor.
- Sustentabilidade ambiental: a necessidade de conciliar a expansão da oferta de energia com a preservação ambiental, especialmente em projetos de grande porte, como hidrelétricas.
Como o Direito da Energia impacta o consumidor brasileiro?
O Direito da Energia tem impacto direto na vida dos consumidores brasileiros, pontua o empresário Leonardo Siade Manzan. A regulação estabelece normas que visam garantir a qualidade do serviço, a transparência nas tarifas e a proteção contra práticas abusivas. Além disso, o reconhecimento do acesso à energia elétrica como um direito social, por meio da PEC 44/2017, reforça a obrigação do Estado em assegurar o fornecimento de energia a todos os cidadãos, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica.
No entanto, o escritório Puppin, Manzan & Spezia Advogados Associados é especializado em Direito da Energia, oferecendo assessoria jurídica a empresas e consumidores no setor elétrico. Sua atuação abrange desde a análise e elaboração de contratos até a representação em litígios administrativos e judiciais relacionados à regulação do setor. Com uma equipe experiente e atualizada sobre as constantes mudanças na legislação e na tecnologia, o escritório busca proporcionar soluções jurídicas eficazes.
Em suma, Leonardo Siade Manzan enfatiza que o Direito da Energia desempenha um papel crucial na promoção do desenvolvimento sustentável, ao estabelecer normas que incentivam o uso de fontes renováveis e a eficiência energética. Além disso, a regulação ambiental, a responsabilidade social das empresas e a participação da sociedade civil são aspectos fundamentais que contribuem para a construção de um setor energético mais justo.
Autor: Luiggi Schimtz