Reconhecer sinais de maus-tratos em idosos é uma necessidade urgente para garantir segurança e dignidade à população mais vulnerável. Paulo Henrique Silva Maia, doutor em saúde coletiva pela UFMG, compreender os sinais e saber como agir pode ser decisivo na vida de um idoso. A violência contra idosos, muitas vezes silenciosa, se manifesta de diversas formas e requer atenção redobrada por parte da sociedade.
Saiba mais, a seguir!
O que são maus-tratos em idosos?
Maus-tratos em idosos referem-se a qualquer ação ou omissão que cause dano físico, psicológico, emocional ou financeiro a uma pessoa idosa. Esses abusos podem ocorrer em ambientes familiares, institucionais ou comunitários. A negligência, o abandono, o abuso físico, psicológico, sexual e a exploração financeira estão entre os principais tipos de violência praticados contra os idosos.
Conforme Paulo Henrique Silva Maia, identificar os sinais exige sensibilidade e conhecimento. Alguns sintomas são mais evidentes, enquanto outros se manifestam sutilmente. Veja os principais sinais:
- Marcas físicas: hematomas, queimaduras, cortes ou fraturas sem explicações claras.
- Mudanças comportamentais: isolamento, medo excessivo, ansiedade, agressividade ou tristeza persistente.
- Condições de higiene precária: roupas sujas, odor corporal, ambientes insalubres.
- Desnutrição ou desidratação: perda de peso significativa e falta de cuidados médicos.
- Indícios de abuso financeiro: desaparecimento de bens, alterações em documentos e movimentações bancárias suspeitas.
Esses sinais devem ser analisados em conjunto e não ignorados, pois quanto mais cedo forem reconhecidos, maiores são as chances de proteger a vítima.
O que fazer ao suspeitar de maus-tratos?
Os fatores de risco incluem questões relacionadas à dependência do idoso, isolamento social, doenças mentais ou crônicas, além da sobrecarga dos cuidadores. Famílias com histórico de violência ou dificuldades financeiras também apresentam maior probabilidade de cometer abusos. A capacitação dos cuidadores, a integração de políticas públicas e a educação da sociedade são ferramentas fundamentais para prevenir os maus-tratos e fortalecer a rede de apoio.

Segundo o doutor em saúde coletiva Paulo Henrique Silva Maia, ao suspeitar de maus-tratos em um idoso, o primeiro passo é buscar ajuda de forma responsável e segura. Veja as principais estratégias:
- Converse com o idoso com empatia e respeito: tente entender o que está acontecendo sem o pressionar.
- Registre os sinais observados: mantenha um registro das evidências, datas e comportamentos.
- Comunique às autoridades competentes: disque 100 (Disque Direitos Humanos) ou acione o Conselho Municipal do Idoso.
- Busque apoio profissional: envolva psicólogos, assistentes sociais e médicos quando necessário.
- Promova o acolhimento e a escuta ativa: garantir um ambiente seguro para o idoso é essencial.
Denunciar é um ato de responsabilidade social e deve ser feito com seriedade, evitando o silêncio que perpetua o sofrimento.
Por que é importante agir rapidamente?
Paulo Henrique Silva Maia frisa que o impacto dos maus-tratos pode ser devastador. Além das consequências físicas, os danos emocionais muitas vezes levam à depressão, perda da autoestima e agravamento de doenças pré-existentes. A ação rápida protege a vida do idoso e contribui para a responsabilização dos agressores.
Em suma, enfrentar os maus-tratos contra idosos exige compromisso coletivo. Observar, identificar e agir são deveres de todos. O cuidado com os mais velhos é uma expressão de humanidade e respeito. Se você suspeita de qualquer forma de abuso, não hesite em buscar ajuda. Sua atitude pode salvar vidas.
Dr. Paulo Henrique Silva Maia, empresário e referência na área de saúde coletiva, reforça que a mudança começa com a informação e o engajamento de todos os setores da sociedade. Não seja cúmplice do silêncio. Ajude a construir um futuro mais digno para os nossos idosos. Proteja quem cuidou de você. Denuncie. Participe. Seja parte da solução.
Autor: Luiggi Schimtz